“Londrina é uma das cidade mais bem equipadas do mundo quanto a estrutura hospitalar para o tratamento de Covid-19”. A opinião é da médica infectologista Dayse Souza de Pauli, que está na linha de frente no trabalho contra a Covid-19 em Londrina.
Dayse disse em entrevista ao Jornal da Manhã, da Paiquerê, neste sábado (5), que o número de leitos que a Prefeitura de Londrina colocou a disposição da população é maior que muitos Estados do Brasil. “A nossa situação em termos de disponibilidade de leitos é maravilhosa”, afirmou.
No total, atualmente, a Prefeitura diponibiliza mais de 400 leitos, entre UTI e enfermaria para garantinr a assistência necessária a todo londrinense que precisar. Destes, são 182 novas unidades de terapia intensiva criadas pelo Município no enfrentamento à Covid-19. Além do HU, a Prefeitura contratou 30 leitos moderados no Hospital Evangélico e 50 leitos de UTI do Hospital do Coração.
Ela destacou que em virtude deste investimento, atualmente, os pacientes de convênios e de instituições particulares tem mais dificuldades de leitos do que os pacientes do SUS. “Precisamos sempre ter vagas para emergências, mas todos os dias temos pacientes com Covid-19. Em um dia da semana não tinha local para atender um paciente, fiquei três horas esperando uma sala para atender um jovem com problema abdominal”, afirmou a médica que atua na rede particular de saúde.
Ela citou como exemplo de investimento, o Hospital Universitário, cujo hospital de Retaguarda oferta 120 leitos Covid-19.
Dayse de Pauli ressaltou que a população não está liberada para o convívio social e fez um apelo para que os protocolos sejam seguidos. “Ainda estamos em situação grave porque temos ainda um número alto de casos. Não podemos agir como se não estivesse acontecendo nada”, destacou.
Segundo a doutora, pacientes com suspeita da doença também precisam ficar isolados até o resultado do teste. “Quando você é um suspeito de Covid-19, vai ao médico, ao pronto-atendimento, à UBS, à UPA, e é solicitado o teste, então a pessoa é imediatamente isolada em casa. O que tem acontecido e pode ser um fator dessa disseminação é que a pessoa faz o teste e continua a vida normal. Vai trabalhar, segue a vida sem isolamento. Não é assim. Se houve suspeita, tem que fazer isolamento domiciliar e não esperar o resultado do exame, além de avisar todas as pessoas com quem teve contato.”